Análise Blazerush
Com elementos que lembram os clássicos da época do SNES, Blazerush é um jogo de corrida com câmera isométrica lançado em 2011 no PlayStation 3.
Blazerush, lançado em 2011 na Steam, pertence ao meu gênero preferido de corrida que é aquele em que a gente pode acertar os “amiguinhos” com objetos ou óleo de motor ou cascos vazios sem tartarugas dentro. Ainda hoje, exceto pela lendária franquia Mario Kart, talvez o maior expoente do gênero ainda seja Rock n’ Roll Racing (Blizzard, 1993) que apesar de não ser o melhor título (Biker Mice from Mars manda lembranças) definiu as bases conceituais pra esse nicho: câmera isométrica, melhorias para os carros e a possibilidade de destruir os carrinhos inimigos – ou amigos.
Agora, eis que no mês de janeiro de 2017, a Sony distribui Blazerush para os assinantes da PlayStation Plus possuidores de PS3 e eu como entusiasta, tinha que avaliar pra dizer pra vocês e adianto: O jogo é bom. Mas bom quanto?
Blazerush – que podia ter um nome mais marcante – coloca você em uma pista isométrica contra outros corredores (3 a 5), controlados por computador ou por outros jogadores, em corridas que duram 3 voltas. Essa estrutura inicial pode e será modificada por power-ups ou por regras apresentadas no início da corrida. Aqui eu percebi que os modos do jogo não estão separados por um menu como normalmente vemos, mas a cada vitória, os modos vão se desbloqueando juntamente com novas corridas, em pares ou trios.
Modos variados
Além do modo de corrida com power-ups e o manjado time trial, Blazerush Tem um modo Survival excelente, e outro chamado King of the Hill. Esse é bem simples: lidere a corrida por 50 segundos e você vence. Difícil é conseguir evitar ser atingido por todo mundo que também precisa acumular tempo de liderança porque dependendo da pista e da sua habilidade, permanecer em primeiro lugar é bastante desafiador. O próximo modo chamado Survival acabou sendo o meu preferido. Nele não é apenas preciso completar voltas, mas correr pra não ser esmagado por um trator que acompanha os corredores a uma certa distância. A cada rodada, o último a ser esmagado acumula pontos por cada um dos adversários destruídos antes dele e isso obriga todos a buscarem o primeiro lugar como tubarões enfurecidos. Parece divertido? Pois é mesmo.
Assim como as pistas, novos carros foram desbloqueados conforme eu avançava no jogo mas dos 10 carros que eu já tenho à minha disposição, os únicos atributos que variam entre eles são velocidade, estabilidade e massa. Velocidade é autoexplicativa, mas estabilidade e massa têm a ver com a facilidade com que eu arremesso ou sou arremessado pelos outros jogadores quando todo mundo começar a colidir uns com os outros. Então, é possível derrubar um corredor pra fora da pista com power-ups ou colisões mas eles sempre retornam para continuar a corrida. Os power-ups são bem variados mas em vez de cada carro possuir habilidades únicas, os poderes são adquiridos quando passamos por cima de caixas que caem do céu, bem surreal como todo o clima do jogo.
Ponto forte, ponto fraco
Até 4 jogadores podem disputar as corridas em multiplayer local ou pela internet mas infelizmente não há divisão da tela e isso obriga a câmera a se afastar da pista pra acomodar todos os jogadores, então se você estiver distante dos outros jogadores, vai ser difícil sequer enxergar seu carro. Desse jeito, o coop que pra mim é um ponto positivo em qualquer jogo – sim eu adorei RE5 – acaba até atrapalhando as corridas por causa dessa imposição da câmera.
Por fim, Blazerush é um jogo bem divertido pra se disputar com amigos e se você for fã do gênero, vai valer suas horas. As mudanças nos modos de jogo a cada corrida, a rapidez das provas aliada aos desafios pra se conseguir 5 estrelas em cada pista, mantém o jogo fresco por bastante tempo – alguns desafios são bem difíceis, inclusive. Aproveita que o jogo veio ~de graça~ pra conhecer essa revisita a um gênero clássico das corridas arcade.