Análise Devil’s Hunt (PC)

Devil’s Hunt chegou trazendo várias características do gênero Hack’n Slash, pegando carona em vários conceitos já conhecidos.

Lançado em Setembro de 2019 pela desenvolvedora LAYOPI GAMES LLC, Devil’s Hunt chegou de surpresa prometendo ser mais um Hack’n Slash em um ambiente pós apocalíptico. E apesar das diversas imagens divulgadas e gameplay o resultado, talvez não seja o que esperávamos.

História

O jogo foi baseado no romance original de Paweł Leśniak “Equilibrium”, você vive na pele de Desmon, um jovem de atitudes irresponsáveis: ele não liga para as ações da empresa do pai, participa de lutas clandestinas e não tem compromisso com horário. Até que uma série de acontecimentos ruins foram acontecendo em sua vida, como ser demitido da empresa do pai (fora a briga com ele), pedir a noiva em casamento e ser traído pelo próprio amigo, o que acabou levando Desmond a se jogar de uma ponte em uma perseguição, onde então ele é levado até o inferno e apresentado a Lúcifer, que designa a você a missão de ser o Salvador ou o Destruidor do mundo.

Desmond teve que sofrer um pouquinho antes dos poderes.

Mais do mesmo

A história tem um começo interessante e a motivação dele também é bem plausível para sucumbir a aceitar os poderes vindo do próprio demônio, Lúcifer deu a ele a tarefa de executar almas marcadas e com isso ele conseguiria sua vida de volta, mas o jogo tem tanta coisa de outros Hack’n Slash que perde um pouco da magia, todo momento você tem a impressão que não está jogando um jogo original e sim um derivado de alguma outra saga.

Por exemplo, o jogo conta com caminhos marcados de onde você deve andar ou escalar (God of War), Desmond também quando fica muito irritado e depois da execução de vários golpes tem uma forma demoníaca (Darksiders e Devil May Cry) o jogo também conta com uma câmera sob o ombro (God of War) e não seria problema nenhum, o que incomoda é que esses atributos são mal executados durante o jogo principalmente junto com a trilha sonora que devia ser algo marcante e empolgar nos combates mas também não ajuda muito e deixa uma coisa meio morta (igual o protagonista rsrsrs).

O combate é outra coisa que deixa um pouco a desejar também, por mais que você possa descer a porrada em vários inimigos talvez a falta de um contador de hits ou até mesmo a troca de estilos que você ganha mais pra frente ser um pouco lenta tira o efeito do combate, e uma coisa que podia ser um combate intenso ali acaba virando uma sequência de socos sem sentido (não que Hack’n Slash seja muito diferente disso) e dashs em direções duvidosas para escapar do inimigo e isso também inclui a batalha contra os chefes que você só precisa calcular quando a skill vai estar disponível novamente e ficar revivendo durante a luta se você morrer mais de uma vez, ao menos quando você morre vai ficando mais difícil de reviver.

Gráficos à la PS2

O jogo não é inteiramente feio, ele é bem polido, os cenários conseguem passar com clareza o que está acontecendo no mundo mas tudo isso se perde quando aparecem cenas mais focadas em faces ou objetos, e nesses momentos da claramente pra ver como o gráfico não é um dos pontos fortes do jogo.

Começo do inferno

Devil’s Hunt tinha tudo para ser um jogo excelente, o começo é bem interessante até umas 2 horas de gameplay, aí começa a ficar maçante com umas missões meio sem sentido e que não acrescentam muito a história. Talvez por ter vários elementos de outros jogos pode cair na graça de vários jogadores que podem ver como uma forma de homenagem. Resta saber se um dia será lançado algum patch com correções (principalmente na feição dos personagens) e se vai ser adicionado alguns dos elementos mencionados no texto.

Andrey Mota
Batizado pelo Mega Drive, desenhista nas horas vagas e todo dia um rage diferente.