Análise Second Extinction (Xbox One)
Second Extinction é uma pura carnificina, a válvula de escape onde podemos despedaçar dinossauros para mostrar qual espécie domina o planeta.
Second Extinction foi apresentado durante o Inside Xbox em 7 de maio de 2020, é o primeiro jogo da desenvolvedora Systemic Reaction. Exclusivo para Xbox, o jogo está disponível no Game Preview desde 28 de abril e incluído no Xbox Game Pass disponível para Xbox one, Xbox Series X/S e nele pude testar esse FPS pré-histórico e vou dar minha opinião preliminar sobre seu potencial.
Para começar, vale lembrar do cenário de Second Extinction . Erguendo-se das profundezas da Terra, hordas de dinossauros mutantes sedentos de sangue o invadiram e exterminaram grande parte da população mundial. Diante dessa invasão, os sobreviventes partiram e se refugiaram em uma estação orbital. Dentro de um grupo de elite chamado ENA, você joga como um de seus membros. Sua tarefa? Ir para a batalha contra esses monstros pré-históricos e recuperar o controle do planeta.
Obviamente, você não irá sozinho, pois é em um plantel de três que você tentará realizar várias missões. A fim de causar estragos entre as tropas reptilianas, cinco membros de elite estão à sua disposição, cada um com seu estilo único. O suficiente para variar os prazeres e permitir que os jogadores encontrem aquele que lhes convém, algo bem normal no mundo dos FPS. Tanque, atirador de curto alcance ou melhor, franco-atirador, lutador de linha de frente ou suporte, você decide. Além disso, cada um deles ganha acesso a várias armas e habilidades específicas. Já em relação às armas, é possível melhorá-las usando pontos de pesquisa e outros colecionáveis. No entanto, você só pode escolher um número limitado de bônus, e nesse momento fui obrigado a fazer escolhas. Da mesma forma, dependendo do seu desempenho, seu personagem terá mais ou menos experiência após cada missão e consequentemente sobe de nível. Para cada um deles, novas armas e habilidades estarão disponíveis. Eu achei algo simples mas eficaz. Em termos de habilidades, uma ampla gama está disponível, incluindo vários tipos de granadas ou solicitações de liberação de munições ou equipamentos. Também sendo possível encontrar em vários acampamentos espalhados pelo mapa ou em determinados locais de certas missões. O inicio é bem simples: alcance seus objetivos exterminando todos os dinossauros que entrarem em seu caminho, embora o cenário está longe de ser original, mas justifica pela jogabilidade e que tipo de inimigos estamos lidando.
Caos entre os dinossauros!
Second Extinction lembra muito um hack’n’slash de visão em primeira pessoa. Esteja preparado para enfrentar hordas de dinossauros que não terão outro desejo senão despedaçá-lo. No geral, o título da Systemic Reaction oscila entre fases de tiro intensas com dinossauros te atacando por todos os lados e períodos mais silenciosos voltados para o reabastecimento e cuidados. Eu achei interessante essa mescla equilibrada entre esses momentos tensos e os interlúdios mais silenciosos.
Como falei anteriormente, é por um esquadrão de três que você sai em missão e posso dizer que fluí tranquilo, mas jogando sozinho tive diversos problemas, pois os inimigos às vezes são numerosos e com uma inteligência artificial bem elevada em dados momentos, principalmente em missões. Vou ser sincero que semear destruição e caos juntos é bastante agradável! Em termos de modos de jogo, atualmente apenas três estão disponíveis. Além do tutorial, temos as expedições e a campanha. Para resumir de forma simples, no primeiro, você pode navegar livremente no mapa, realizando as várias missões secundárias da maneira que quiser. No campo, a mesma história com a missão principal além do mapa. Uma das únicas grandes diferenças é que em uma expedição, você pode retornar ao navio a qualquer momento de qualquer um dos acampamentos espalhados pelo mapa. Por falar nisso, um um aliado está lá para informá-lo sobre a periculosidade das adversidades no setor. Por enquanto restrito a uma única zona, o parque infantil oferece uma bela diversidade de paisagens. Finalmente, mesmo que o bestiário seja um pouco limitado, ele oferece um desafio de dificuldade variável dependendo dos inimigos.
Boa experiência, mas precisa de diversas melhorias…
Second Extinction, oferece um visual de qualidade, com uma boa diversidade de paisagens, mesmo que por enquanto o game nos dê acesso a apenas uma área nevada. Em quase todas as vezes em que eu joguei o cenário era noturno e pude sentir problemas de iluminação onde quase fui obrigado a aumentar o brilho da tela para poder enxergar determinados locais no mapa. E quando não está escuro, é a névoa que obstrui sua visão, até que as texturas estão boas, porém precisam de uns ajustes para soar mais natural, mas no calor do momento você não terá muito tempo para ficar admirando paisagens ou coisas do tipo, mesmo que o game por vezes te faça dar uma pausa e vislumbrar por exemplo uma lua cheia com uma aurora boreal passando, é bem bonito mas o jogo não foi projetado pra isso, porque o game possui uma jogabilidade bastante agitada.
Em termos de jogabilidade, pude encontrar diversos tipos de problemas, mas lembre-se de esse é um “Game Preview” e não uma versão finalizada, mas vamos lá. Em primeiro lugar, um dos mais irritantes é o fato de que algumas missões estão bugadas e não podem ser concluídas, pelo menos eu não consegui e desisti, porque é frustrante você jogar por longos minutos para atingir seu objetivo, enquanto luta para se manter vivo e de repente umas desconexões inesperadas acontecem com uma certa regularidade, e você fica sem saber o porque e pior, com a impossibilidade de entrar no jogo depois disso.
E finalmente, falando um pouco da mecânica dos dinossauros, duas coisas me incomodaram neles, que são os seus devidos hitboxes bem estranhos porque por mais que eu conseguia esquivar mesmo assim recebia dano pelos ataques deles e isso precisa ser corrigido urgente, caso contrário vai se tornar uma experiência frustrante e desanimadora mesmo para aqueles jogadores mais veteranos. Outra coisa que também precisa ser melhorada, é a movimentação dos animais, pois diversas vezes eu vi uns voando para lugares aleatórios indo totalmente contra as leis da gravidade e principalmente deslizando no chão sem que haja alguma camada de gelo, repito é no chão mesmo.
Se você leu essa análise até agora e achou que eu iria esquecer do garoto propaganda de qualquer tema que envolva dinossauros, você está enganado. O grande T-Rex, o queridinho no mundo dos dinossauros aquele que estampa camisetas e pôsteres do Jurassic Park e o campeão peso-pesado de Second Extinction. Esta criatura gigante oferece muitos desafios para jogadores que têm “sorte” o suficiente para encontrá-la e realmente não vão desistir sem lutar. Encontrar o T-Rex é possivelmente um dos melhores picos de dificuldade do jogo, e batalhar contra ele nas maiores dificuldades da missão definitivamente colocará suas habilidades à prova. A natureza dinâmica do jogo significa que cada local gera aleatoriamente os encontros que você descobrirá. Vá para as zonas de alta ameaça para rastrear esta fera e coloque a dificuldade do seu jogo em Difícil ou Insano para o maior desafio – eu não aceito nenhuma responsabilidade por quaisquer controladores quebrados que possam ocorrer ao lidar com essa excursão.
Conclusão
O que pensar deste primeiro vislumbre da Second Extinction? Bem, como gosto bastante de jogos de FPS, dificilmente iria achar ruim porque me fez lembrar minha adolescência jogando TUROK (este lançado originalmente para Nintendo 64 e ambientado em um mundo jurássico), mas como disse, o cenário não é original, a jogabilidade é básica. Se visualmente o jogo ainda precisa de aperfeiçoamento, pelo menos em termos de taxa de quadros, ele roda de forma constante sem pestanejar. O título é afetado por vários bugs, mas no geral, eles não prejudicaram minha diversão com o game. Especialmente porque Second Extinction é uma prévia do jogo, então não está completamente terminado. Mesmo assim ele ainda é mais prazeroso do que muitos jogos já concluídos nessa temática. Então é uma boa fuga para quem gosta do gênero e ficamos na esperança de que a versão final venha com suas devidas correções, e quem sabe assim podemos mostrar quem é a espécie dominante no planeta!