Análise The Last Oricru (Xbox Series S)
Apesar de possuir inspirações atuais, The Last Oricru esbarra em seu orçamento limitado e acaba entregando um produto final bastante ultrapassado.
A morte no mundo dos games, salva raras exceções, não é definitiva. O gênero souls-like no entanto abraçou a mortalidade dos mundos e tornou-a parte de suas mecânicas de jogo. Em The Last Oricru não é diferente, com a morte nos levando a um mundo fantástico.
Em um planeta alienígena parcialmente terra-formado, chamado Wardenia, acordamos em uma fortaleza dominada por uma raça de gigantes, ratos, aristocratas espaciais e criaturas extremamente avançadas. O jogador deverá fazer escolhas que moldarão o destino deste mundo.
Do que se trata
Você está sob o controle de Silver, um guerreiro com cara de mal, que só fica na cara mesmo. Na verdade, você pode optar por trocar seu rebaixo por uma cabeça careca no que passa por uma suíte de criação de personagens, mas não há muito sentido a menos que o rebaixo realmente o irrite. Silver acordou em um mundo alienígena chamado Wardenia, onde várias facções estão em guerra. Há os Noboru, uma raça de brutamontes mal-humorados neolíticos e os Ratkin, que se parecem com ratos e falam coisas sem sentido.
O outro personagem humano também está preso, embora você seja contatado desde o início por um personagem conhecido como “Nave Espacial”, que na verdade é AIDA, a IA da nave que o trouxe para Wardenia. À medida que Silver explora o mundo e aprende mais sobre seus povos, as escolhas dele – bem, suas – afetarão os eventos de pequenas e grandes maneiras.
Combate e escolhas, seus pontos fortes
Este elemento é, sem dúvida, a maior força de The Last Oricru. Cada escolha, mesmo a aparentemente inocente, tem consequências no mundo. De contar mentiras inocentes a tomar partido em conflitos entre personagens, algumas escolhas têm consequências que você sentirá depois de oito ou dez horas. Na verdade, a narrativa ramificada é tão bem-feita que provavelmente inventa muitas histórias em outros lugares.
O combate é clássico como um soul, com a barra de energia que decai a cada movimento. Podemos equipar diferentes tipos de armas e escudos, cada um com duas ações diferentes, como golpes fracos e fortes, defesa e assim por diante. Existem também armas mágicas, que pegam fogo, por exemplo, e causam danos extra ao oponente.
Level desing de pouca inspiração
Os ambientes parecem expansivos, mas nunca parecem tão impressionantes, enquanto as animações dos personagens, da conversa ao combate, são afetadas e alguns quadros aquém de onde deveriam estar. Infelizmente, a escrita e a dublagem deixam muito a desejar. Os personagens falam como se estivessem lendo um menu de comida para viagem e o tom da conversa pode mudar de alto-falante para alto-falante.
Mas The Last Oricru é um título de orçamento baixo e como tal, parece um caso de muita ambição e pouco dinheiro. Mas com o bônus adicional de que o sistema de escolha e consequência é genuinamente profundo e impressionante.
Vale a Pena?
Apesar de possuir excelente inspirações, The Last Oricru, falha em quase em todas, acho que isso acontece principalmente pelo fato de o estúdio não saber dimensionar o tamanho do escopo do projeto, deixando ele muito mais ambicioso do que deveria.
Alguns momentos até trazem um respiro, mas ao todo deixa uma grande frustração, que dificilmente irá agradar os fãs de RPG.
A análise de The Last Oricru foi escrita com base em uma cópia de review gentilmente cedida pela assessoria de imprensa do game. Também disponível para PlayStation 5, Xbox Series e Microsoft Windows.