Análise Dead Island 2 (PS5)
Após um longo desenvolvimento, Dead Island 2 tenta superar às expetativas frustradas de seu antecessor, mesmo que para isso vá por um caminho batido.
Há oito ano e pegando algumas de pessoas de surpresa, Dead Island 2 era anunciado para o público.
Surpresa, pois seu antecessor não havia sido bem recebido tanto para a crítica quanto para os jogadores. Na verdade, ele se provou uma grande decepção, pois se esperava uma coisa e ele acabou sendo o oposto.
Mas, o fato é que a Deep Silver ouviu os pedidos dos fãs e embora tenha demorado muito tempo, o que claramente indica que este jogo não teve um desenvolvimento dos mais tranquilos. Ele finalmente nasceu. Mas será que ele atende as expectativas ou decepciona?
Antes de mais nada é bom que se diga, que eu joguei muito pouco o primeiro jogo da franquia, e confesso que me lembro muito pouco.
O que é Dead Island 2?
Para você que caiu aqui de paraquedas e não faz ideia do que o jogo se trata eu irei te ajudar. Se trata de um jogo de ação, com elementos de sobrevivência em mundo aberto. Onde o mundo ou, parte dele, foi destruído por conta de um vírus mortal, que tornou as pessoas mortos-vivos, que se alimentam de outros humanos para sobreviveram. Ao ler esta descrição, você deve ter pensado. Nossa, eu já ouvi isso antes.
Dead Island não acrescenta absolutamente nada novo neste gênero, o que não significa que o faça muito bem. Mas, creio que este é um tema que foi muito batido nos últimos anos, e com jogos que não foram lá muito bem recebidos pelos jogadores em geral. Outro aspecto, é por ele ser um mundo aberto, embora este mapa seja um tanto diferente e possa enganar as pessoas, eu vejo reclamações com frequência desta fórmula e acabam menosprezando jogos que seguem essa temática.
Então, acho importante deixar isso bem claro nesta review, para você saber exatamente onde investirá seu dinheiro. Agora sim, vamos entrar no jogo.
Nada novo, mas tem sua identidade
Diferentemente de outros jogos de narrativas em mundo aberto, Dead Island 2 traz a opção de escolha de personagem. E esta função não é algo genérico igual em outros jogos, aqui faz muita diferença. Pelo menos em sua gameplay. Creio que a história é igual para todos. Ao todo são cinco personagens e suas habilidades são variadas. É quase impossível relembrar o nome de todos e não é possível ver seus status novamente, isso porque ao escolher, você terá que seguir até o fim.
Mas, como padrão de outros jogos, você tem o personagem focado em força, outro suporte, em combate corpo a corpo, em combate a distância e luta veloz. Eu infelizmente não cheguei a testar as outras versões até o momento, mas eu escolhi, como sempre escolho neste tipo, a personagem cujo seu combate é focado em velocidade.
Outro ponto importante, é que você pode jogar em modo cooperativo e creio que o jogo foi feito para isso, você entenderá isso para mais para frente. Após passar pela primeira hora, o modo fica habilitado e você pode chamar seus amigos.
Desligue a mente e mate zumbis
Pensei em muitas formas mais criativas de como descrever sua narrativa e cheguei a conclusão de que isso pouco importa. Inclusive o jogo não quer que você se preocupe muito com sua narrativa. Mas claro, que ela está lá e cumpre seu em manter o jogador interessado, às vezes nem tanto, mas ao menos ela dá peso em alguns momentos e trás animo em momento que o jogo começa a cair na repetição.
Mas, sendo bem simplista, assim como sua história, seu personagem após uma frustrada fuga da cidade que foi contaminada pelo vírus, se vê na presença de outras pessoas, onde juntos terão que encontrar uma forma de fugir do local, antes que o zumbis os matem. Como disse, é difícil citar sua história em longas palavras, por que de fato não se tem muito a dizer, até porque qualquer desenrolar, seria spoilers, então é melhor me conter.
Como foi mostrado em todos os seus trailers, você irá enfrentar pelo mundo inúmeras hordas de zumbis e dos mais variados tipos ao longo da jornada. E para isso você contará com uma grande variedade de armas brancas como faca, taco, barra de ferro, porrete, chave de roda, pau e outros. Mas, seu combate brilha é na personalização.
Por exemplo, uma barra de ferro, caso você tenha os itens necessário, que você conseguirá explorando o mundo e recolhendo itens, você poderá adicionar um elemento a ela, ou a junção de duas armas por exemplo. É importante frisar que todas as armas possuem ‘vida’, ou seja, ela irá quebrar com o tempo, caso você a utilize muito. Mas, fique tranquilo, você poderá concertar sua arma favorita em uma bancada que está espelhada pelo mundo.
Além disso, o jogo conta com uma árvore de habilidade, que conforma que sobe de nível, você deixa seu personagem com novos atributos, que deixam o combate mais dinâmico. Inclusive, algumas dessas habilidades, já deveriam estar desde o primeiro minuto, como a esquiva por exemplo.
Apesar do jogo possuir este incrível leque de opções, é uma pena, que ele não apresente cenários criativos. Basicamente, do início ao fim, seu combate se dá sempre dá mesma forma, bata, esquive, se defenda e repita. Isso o torna absurdamente cansativo, fazendo que o jogador, até esqueça das possibilidades de armas e foque somente na sua favorita, para ir até o final. Até porque, não faz diferença. A jornada não irá apresentar algo que faça você ter uma variação na sua gameplay e torne a fluidez do combate mais divertida ou algo assim.
Lindo!
Caso você não tenha visto nenhum trailer ou gameplay na internet eu recomendo você a nem ver, para que possa ser impactado com o visual do jogo. Eu joguei no PS5 e digo com tranquilamente que os gráficos de Dead Island 2 estão fenomenais.
Seja a iluminação, ambientação, modelagem dos personagens tudo está em um ótimo nível, principalmente se tratando de um jogo de mundo. Mas algo que realmente vale ressalta, são os zumbis e os efeitos de desmembrados. Como são impressionantes.
O jogo realmente consegue passar o feeling de cada golpe, ao deixar os inimigos extremamente machucados, ou perdendo parte do membro. Isso eu falo que poucas vezes vi, um nível de cuidado tão grande neste aspecto. Citando algo bem específico, ao desferir um golpe próximo ao olho de um inimigo, o boneco perdeu parte da cabeça, e o globo ocular ficou pendura. Sei, que isso parece loucura, mas é de um nível de detalhe que impressiona e é de longe a coisa que mais agradou no jogo. Espero que este nível de cuidado seja padrão nos jogos daqui para a frente, principalmente aqueles que são focados em combate corpo a corpo. Palmas para o time desenvolvimento.
É bom?
Como alguém que não tinha expectativas para o jogo, posso dizer que é um jogo legal. Pena que hoje em dia tudo parece ser 8 ou 80 né. Ou é nota dez, ou não presta. Caso você seja uma dessas pessoas, passe longe.
Dead Island 2 segue uma premissa simples e padrão de jogo de mundo aberto atualmente, principalmente aquele que de temática zumbi. Um bom exemplo é que quem é fã de Dying Light, principalmente o segundo, deve gostar bastante deste aqui.
Um ponto importante que não posso esquecer de ressaltar é que o jogo está localizado em português e possui legendas em nosso idioma, o que é sempre apreciado por aqui.
É uma pena que o jogo não apresente situações, em que sua criatividade de combate possa ser explorada, o que torna a aventura enjoativa com o tempo, já que a narrativa é bem qualquer coisa mesmo estando longe de ser o foco aqui. Desta forma, em determinado momento nada sustenta a jogatina, e a vontade que o fim do jogo chegue só aumenta.
Como mencionado, o jogo possui um modo cooperativo e quando digo que ele foi feito para ser jogado assim é exatamente por, talvez com amigos, esses problemas acabem ficando de lado e o jogo fique mais divertido, algo parecido com jogos como Left 4 Dead ou Back 4 Blood.
Dead Island 2 foi desenvolvido pela Deep Silver e está disponível para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S/X e PC. A análise foi feita com base em uma cópia digital para PlayStation 5 gentilmente fornecida pela assessoria de imprensa do jogo.