Análise Eiyuden Chronicle Rising (Xbox)
Eiyuden Chronicle Rising é um JRPG side scrolling muito divertido, ótima game play e personagens cativantes!
Muitas vezes ficamos horas olhando escolhendo qual será o nosso próximo jogo, existe tantas opções de jogos e ainda com os serviços como o Game Pass e agora a nova PS Now, e eu estava exatamente assim quando me deparei com Eiyuden Chronicle Rising, da 505 Games, e pensei, porque não?
Já nos primeiros instantes me deparei com um visual bastante simpático e uma heroína carismática, a destemida caçadora de tesouros CJ. Nossa protagonista precisa provar seu valor para sua tribo e enviada a cidade de Nova Nevaeh contruída sobre as ruínas dos antigos Montículos, um prato cheio para aventureiros do mundo inteiro.
Toda movimentação do jogo é para os lados e os mapas são conectados por “portas” e “entradas” mais ou menos como nos famosos side scrollings das gerações 8 e 16 bits. Todo o mapa do jogo é a mesma “fase” e você pode chegar indo ou voltando e até pegando atalhos por passagens ou paradas de “viagens rápidas”.
A game play é muito fluída e leve, você pode andar, pular e golpear com uma sequência de combos de um único ou vários personagens, além de executar habilidades especiais únicas. Me agradou muito a parte dos ataques. Você chega a controlar 3 personagens ao mesmo tempo e escolhe quem ataca com apenas um botão. Pode parecer complicado, mas rapidamente você pega o jeito e combina muito bem os golpes;
Outro ponto forte do jogo é a sua história. E não é que seja extremamente elaborada, mas sim na forma como ela é contada. Como falamos no começo da análise, nossa protagonista é a CJ e é ela que conecta todo o enredo. Ela é uma forasteira em Nova Nevaeh e assim com ela, nós vamos aprendendo sobre a cidade e suas florestas, fazendas, ruínas e principalmente os seus moradores.
Nosso primeiro parceiro de jornada é Garoo um misterioso aventureiro em busca de dinheiro e tesouros. Dele não posso falar muito, além de que é um excelente guerreiro, muito mais forte que CJ mas um pouco mais lerdo. A parte principal da história dele é contada só no fim do jogo e vou deixar o mistério para quem se aventurar nessa jornada.
Já a última, e talvez a mais importante personagem que controlamos, é Isha, a gananciosa prefeita interina. Seu pai, o real prefeito de Nova Nevaeh está desaparecido, e cabe a ela conduzir o crescimento acelerado da cidade. Um terremoto revelou grandes ruínas sob a cidade e sua mina com artigos extremamente raros e até mágicos de grandes valores financeiros.
Mas Isha é mais do que só a prefeita. Existe uma grande mistério sobre como ela é a única pessoa conhecida a controlar a magia sem utilizar nenhum acessório externo como as runas e lentes mágicas. Além do seu exótico cabelo azul.
E tudo no jogo é contado através de diálogos, e aí aqui eu preciso dizer, se você não de muita conversa, vai se irritar bastante. Os diálogos são muito longos, são diversas e diversas caixas de texto. Todos os moradores da cidade vão falar com você o tempo inteiro. Você recebera uma infinidade de missões paralelas, algumas até um pouco repetitivas, mas assim vai conhecendo cada um e se aproximando daquele mundo.
Na parte gráfica o estúdio Natsume Atari acertou bem nas escolhas. O jogo é basicamente em 2d, mas parte dos cenários são em 3d e com bonitos efeitos de iluminação. Seus personagens são muito bonitos e mesmo os moradores da cidade são únicos, muito menos genéricos do que em séries famosas como Pokemon, por exemplo. Em relação aos inimigos já temos um cenário um pouco diferente. Temos uma quantidade limitada de adversários, que mudam algumas poucas características devido ao poder que ele usa (gelo, fogo, terra e energia), mas ainda assim são bem desenhados. Um destaque fica para os chefes que esses sim revelam grande capricho dos desenvolvedores.
Os cenários não são muito variados, basicamente você passará por uma cidade, floresta, mina, fazenda e uma ruína. O sistema, baseado em metroidvanias, faz com que todo o território esteja desde o início ali, mas você só vai conseguindo acessar regiões com o desenrolar do jogo. Visualmente são menos elaborados que os personagens, mas usam uma técnica retrô baseada em não conectar os objetos próximos ao personagem com o fundo. Assim eles se movem em velocidades diferentes quando você se movimenta passando uma impressão de profundidade que pode até não convencer mas é bastante nostálgica.
A trilha sonora, apesar de muito bem feita, é pequena. E isso cansa. Cada cenário tem uma música tema, mas volta sempre aos mesmos lugares e fica muito tempo escutando as mesmas músicas. Um acervo maior, ou outras variações dos temas seria muito benéfico. Os efeitos são muito bacanas, com uma pegada meio “nintendo” para quebrar o ritmo nos diálogos e bastante frenético nas batalhas.
No geral Eiyuden Chronicle Rising é um jogo muito bom. Acerta muito nos personagens carismáticos, no enredo, na ambientação e game play. Escorrega um pouco no excesso de falas, que podem desagradar quem quer mais ação, e em missões paralelas e trilhas sonoras um pouco repetitivas. Não é tão desafiador para quem faz todas as missões secundárias e tem um bom tamanho, de 15 a 20 horas pra quem for a fundo na aventura. No Game Pass é um achado, nas outras plataformas, se tiver por um bom preço vale muito a pena!
Eiyuden Chronicle Rising está disponível para Xbox One e Series, PC, Nintendo Switch, Playstation 4 e 5. O game foi testado através do serviço do Xbox Game Pass.