Análise Gryphon Knight Epic Definitive Edition (PlayStation 4)

Gryphon Knight Epic Definitive Edition é um jogo estilo Shoot ’em Up sobre um cavaleiro que precisa defender seu reino de seu próprio alter ego maligno.

gryphon knight epic

Quantos jogos shoot ‘em up de “navinha” você já jogou ou viu por aí? Aposto que foram vários. Até jogos fora desse estilo já emularam aqueles trechos dificílimos em que o jogador precisa se virar para desviar de todos os ataques na tela. Agora, quantos desses jogos se passavam em um reino medieval? Pode puxar da memória, eu espero. Lembrou de alguns? Pois agora tente lembrar em quais deles você controlava um cavaleiro montado em um Grifo.

Essa característica única já serve de cara como chamariz para Gryphon Knight Epic Definitive Edition, jogo desenvolvido pela brasileira Cyber Rhino Studios, mas esse jogo vai além disso? Vem comigo que eu te conto.

Montaria alada e tiroteio

Anos após ter garantido a paz no seu reino, o agora Rei Oliver, precisa voltar à ativa para libertar seus antigos companheiros de aventuras que foram aprisionados pelos tesouros que recolheram após a última grande batalha. Cada um dos companheiros do rei foi enfeitiçado por uma das armas mágicas e Oliver irá recrutá-los para enfrentar o maior de todos os perigos: uma versão sombria de si próprio.

Toda essa premissa se traduz em Oliver e Áquila, o Grifo, avançando pelas áreas controladas pelos seus ex-companheiros, derrotando toda sorte de inimigos em fases temáticas: deserto, floresta, geleira, oceano.

gryphon_knight_pirata
Oliver e Áquila contra a pirataria

A primeira fase já mostra ao jogador que apesar de simples, a jornada não será nada fácil por conta da quantidade de inimigos e projéteis na tela dos quais Oliver precisa desviar. O jogo progride com a tela passando automaticamente na direção em que o cavaleiro estiver olhando – como nas fases de Cuphead em que ele se transforma em avião, ou em todo shoot ’em up -, então é perfeitamente possível retornar o caminho todo para enfrentar mais inimigos e acumular um pouco mais de moedas, por exemplo. Outro benefício dessa progressão livre é poder usar esse recurso para procurar segredos no cenário que garantem melhorias permanentes ao jogador como a capacidade de respirar embaixo d’água (dentro de uma bolha, na verdade, mas você me entendeu).

A jogabilidade parece um pouco pesada de início mas não apenas você irá se acostumar como ela será incrementada por esses power-ups encontrados nas áreas secretas. E esses não são os únicos itens que você vai coletar. Na tela do mapa, você poderá visitar um vendedor que ficará muito feliz em trocar poções e ajudantes pelo dinheiro que você coletar nas fases e além disso, Oliver consegue novos ataques a cada inimigo (amigo, na verdade) derrotado enquanto avança na sua jornada.

Amigo do chefe

Após a primeira fase, já dá pra saber como funciona a estrutura das demais: um trecho com inimigos pontuado por um sub-chefe e mais um trecho até o chefe final então a dificuldade está no gerenciamento dos itens, escolha das armas e agilidade para atacar enquanto desvia. Os chefes são bastante diferentes entre si e o estilo artístico do jogo, algo entre pixel art 32-bits gráficos vetorizados, é muito agradável e nostálgico. Me lembrou jogos antigos de PC.

gryphon_knight_deserto
O jogador 2 controla um fantasma que ajuda Oliver

A cada chefe derrotado, obtemos a arma que ele usa e que o corrompeu. Ela adiciona um novo tipo de ataque ao nosso arsenal que irá ampliar nosso leque de abordagem (a energia disparada pela Cimitarra mágica pode destruir alguns projéteis inimigos, por exemplo) e assim gerenciar a energia desses artefatos, o momento adequado para usar as poções e o posicionamento na tela torna o jogo verdadeiramente desafiante. Mais do que ele aparenta a princípio com seus sprites coloridos e herói simpático.

Além do herói e seu amigo voador, o jogador também conta com um companheiro que flutua ao nosso lado e exerce funções variadas (similar aos familiares do Castlevania Symphony of the Night) e que pode ser obtido na loja. Um deles dispara um projétil extra para reforçar nosso ataque, outro recupera parte da nossa vida quando derrotamos algum inimigo e tem até quem não faça absolutamente nada, numa bela homenagem a uma série bastante famosa de uma companhia que eu não direi qual é, cujo principal mascote também ostenta um volumoso bigode. Essa edição definitiva permite que um desses companheiros possa ser controlado a qualquer momento por um segundo jogador usando outro controle. Não é exatamente um co-op tradicional mas é uma adição super bem vinda!

Parte de mim ainda pensa que esse jogo seria melhor caso fosse uma jogo de plataforma tradicional, como os da trilogia Super Star Wars, que também eram dificílimos mas não posso negar que a Cyber Rhino fez um excelente trabalho e entregou um jogo bonito, desafiador e único. Recomendo, especialmente para quem tenha crianças para jogar junto, já que o jogo é muito bonito e é um ótimo desafio para ser enfrentado com companhia.

gryphon_knight_gelo
Aquele ali não é Volgarr, o Viking?

A análise de Gryphon Knight Epic Definitive Edition foi escrita com base em uma cópia digital de PlayStation 4 gentilmente cedida pela assessoria de imprensa do jogo.


Nós do Conversa de Sofá acreditamos que o videogames são uma mídia poderosa e revolucionária e que somos muito privilegiados em poder ter acesso a essas obras desenvolvidas por pessoas talentosas do mundo todo. Por isso, nesta época em que somos ameaçados pelo Covid-19, fique em casa e aproveite a oportunidade para jogar muito videogame. Ficando em casa você não só pode apreciar os melhores jogos como também pode contribuir para que possamos voltar à nossa rotina o mais rápido possível, além de salvar vidas.

Diego Matias
Além dos reviews, escrevo no Riffs & Solos e faço vídeos com meu irmão no canal SuperContra. Passa lá!