Análise Imp of The Sun (PlayStation 4 e PlayStation 5)
Imp of The Sun é um Metroidvania com inspiração em culturas pré-colombianas cheio de carisma que tem tudo para agradar adultos e crianças.
Qual jogo você usaria para apresentar um gênero super estabelecido a alguém que ainda não o conhece? Se você quisesse apresentar um metroidvania ao seu filho ou filha e o chamasse para percorrerem juntos os mistérios alienígenas presentes em Super Metroid ou para derrotar mais uma vez o Drácula em Castlevania Symphony of the Night, por mais difícil que seja admitir, é possível que essa geração simplesmente não se interesse por nada que passe na tv em proporção 4:3. Em vez de um título que viu a época de ouro de Romário e Bebeto, que tal apresentá-los a algo moderno que também reúne beleza e jogabilidade agradável, além de desafio? Que tal apresentá-los a Imp of The Sun, o metroidvania desenvolvido pela Sunwolf Entertainment?
Filhinho do Sol
A premissa em Imp of The Sun é básica mas interessante assim mesmo. O sol está sendo coberto por uma escuridão mística e para resolver essa situação, somos enviados à Terra. No jogo controlamos Nin, um simpático soldadinho feito de raios solares que usa o poder da luz para combater os inimigos. Nin, que recebe esse nome de uma simpática moradora local que se comunica com ele para dar dicas, precisa derrotar aqueles que ameaçam a nossa estrela de estimação enquanto explora cavernas, montanhas e florestas vencendo inimigos com sua pequena lança.
Visualmente, Imp of The Sun é impecável. Os personagens e cenários na tela parecem ter sido desenhados com canetinha colorida e a direção de arte cheia de contornos e curvas dos labirintos e dos inimigos é muito amigável, especialmente para crianças, em oposição ao estilo artístico mais angular do Aeterna Noctis, por exemplo. Incomoda um pouco o modo como o jogo aproxima a câmera do personagem – o que acaba ocultando parte do cenário – e a resolução baixa da arte digital nas cutscenes, algo imperdoável para um jogo tão bonito. Um detalhe facilmente ignorável, no entanto.
Algo mais problemático é a jogabilidade do nosso pequeno herói que por vezes é super ágil e ainda assim, não o suficiente. O bonequinho de luz parece sofrer um pouco de inércia nos seus movimentos, o que significa que mudar de direção subitamente, assim como começar a correr demora um pouquinho. O oposto disso ocorre quando Nin usa seu pulo duplo: o primeiro pulo é discreto e o segundo parece conter o dobro da velocidade. Ótimo para percorrer o mapa e alcançar plataformas distantes mas ruim para plataformas próximas e para ser controlado como um todo. Outra pequena reclamação diz respeito ao fator de cura que Nin aciona com seu poder solar: ele não ativa caso o pequeno herói não esteja completamente parado, sem qualquer botão pressionado, um problemão quando estamos com pressa e precisamos da cura para continuar vivos no meio de uma briga com um chefe. Isso torna Imp of The Sun um jogo ruim? De modo algum, apesar de tirar um pouco do brilho (sem trocadilho).
Lá Vem o Sol
Apesar desses pequenos deslizes, Imp of The Sun é super carismático e seu escopo mais enxuto faz dele uma boa escolha para apresentar o estilo de plataforma não linear a alguém mais jovem. Não que faltem jogos do estilo metroidvania no mercado, mas é sempre bom começar entrando na parte mais rasa nesse mar de opções.
It's time to end the eternal eclipse! 🔥
Imp of the Sun is OUT NOW on ALL platforms! 🥳
Begin your adventure with Nin today! #indiegame #gamedev #indiedev #metroidvania #platformer pic.twitter.com/78AA1YYyYo
— Imp of the Sun – Out now! (@impofthesun) March 24, 2022
A análise de Imp of The Sun foi escrita graças a uma cópia digital gentilmente cedida pela assessoria de imprensa do jogo. Imp of The Sun também está disponível para Xbox Series S|X, Nintendo Switch e PC.