Análise Sand Land (PS5)

Sand Land é um RPG de mundo aberto com personagens carismáticos e trama simples, mas envolvente.

Sand Land

Sand Land caiu no meu colo sem eu ter o menor conhecimento do que se tratava. É interessante analisar um jogo sem alguma bagagem pra influenciar, mas em poucos minutos de jogo dava pra perceber que tinha algo extremamente familiar na parte visual.

Sabe aqueles desenhos que você conhece a vida inteira? E é muito óbvio o porquê. Sand Land é baseado em uma das últimas HQs do mestre Akira Toriyama, o desenhista por trás de grandes clássicos como Dragon Ball, Dragon Quest e meu xodózinho Chrono Trigger.

Sand Land
Sand Land

Assim como o mangá e série animada, o jogo conta a história de um mundo arruinado por guerras onde o recurso mais raro é também o mais importante, a água. Nosso protagonista, o príncipe dos demônios, Belzebub e seus parceiros de jornada estão a missão de encontrar o Lago Lendário para melhorar a vida tanto de humanos quanto demônios.

Aliás, o primeiro ponto alto do jogo é o próprio Belzebub. Como todo demônio, ele gosta de ressaltar o quanto assustador e cruel ele pode ser e o quanto os humanos devem o temer. Mas ele é apenas um menino com um coração bom. A todo o momento ele arranja desculpa para si mesmo para poder ajudar ao próximo, mesmo que esse seja um humano. A forma doce e ingênua do personagem contrasta com sua força e coragem.

Belzebub
Belzebub

Infelizmente, apesar de serem muito bem desenhados, os personagens contam com poucas animações fora da batalha e, provavelmente, você ficara cansado de ver eles cruzando e descruzando os braços.

E continuando na parte visual, o jogo não chega a brilhar. É interessante como o estúdio mesclou elementos de duas e três dimensões. E em muitos momentos funciona muito bem, mas em outros a baixa qualidade dos modelos e texturas passa a impressão de um jogo antigo ou de menor orçamento.

Belzebub e Thief
Belzebub e Thief

As coisas não mudam muito no aspecto sonoro. Os efeitos são bem legais, mas pouco variados. Assim também é em relação a trilha sonora que acaba cansando com o passar do tempo, apesar de ser bem feita.

Mas as coisas mudam bastante quando o assunto é gameplay. A movimentação é bem fluída e responsiva tanto dentro quanto fora das batalhas. Fora delas é possível andar, correr, pular e ainda dirigir diversos veículos com mecânicas próprias. E durante as lutas, além das ações citadas é possíveis soltar golpes fracos, fortes e ataques especiais que podem ser combinados em combos. Tudo funcionando perfeitamente bem. Para os gamers mais hardcore, aconselho a jogarem nos nível maior de dificuldade, pois no modo “normal” o desafio não é tão alto.

árvore de habilidadews
Árvore de habilidades

De um modo geral, Sand Land é uma boa homenagem ao Akira Toriyama, os pontos positivos sobressaem aos negativos, além dos personagem serem carismáticos a gameplay é envolvente e convincente. Ajuda muito também o jogo estar totalmente legendado em português, o que sempre é uma boa notícia e soma ainda mais aos pontos positivos do jogo.


Jogamos uma cópia de PS5 disponibilizada pela Bandai Nanco, mas o jogo também está disponível para PC, PS4, Xbox One e Series.