Análise Valfaris (Nintendo Switch)

Valfaris é um jogo de tiro/plataforma em pixel art recheado de adrenalina, música pesada, ação brutal e violência que parece ter saído de 1995.

Ok, eu vou confessar: mesmo com quase todos os elementos certos – pixel art, violência, heavy metal, plataforma – eu não fui adiante jogando Slain: Back From Hell, o jogo anterior do Andrew Gilmour (@MrAwolf) e por conta disso estava receoso quando coloquei Valfaris pra rodar. Meu amigo leitor, como eu estava errado. Leia mais abaixo!

Back in Black

Therion é o filho do guardião de Valfaris que retorna para encontrar o lugar tomado por criaturas hostis e um exército inimigo cercando a fortaleza espacial. Nosso trabalho controlando Therion é avançar para encontrar o seu pai, antigo responsável por Valfaris para descobrir porque tudo mudou por lá. A premissa direta e a jogabilidade precisa fazem desse título um dos melhores jogos de plataforma que já joguei com elementos que remetem a clássicos do passado como Contra, Duke Nukem, Black Throne até os jogos do Sylvester StalloneJudge Dredd e Demolition Man – que foram publicados no Super Nintendo.

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Checkpoint é um oasis no meio do inferno espacial.

Therion é um herói brutamontes pra ninguém botar defeito e toca o terror nos inimigos usando três tipos de armas: sua pistola, sua espada de plasma e um canhão secundário que utiliza a mesma energia que o seu escudo e enquanto esses dois consomem plasma, a espada colhe energia de tudo o que destroça, inimigos e estruturas. Daí surge uma ótima dinâmica que nos leva a decidir quais armas são adequadas para cada inimigo ou chefe. Alguns inimigos são melhores de combater à distância, outros, pelo posicionamento na fase, precisarão ser destruídos corpo-a-corpo para garantir que Therion tenha sua barra de energia completa mais para frente sob pena de ser mandado de volta o último checkpoint. Felizmente a estrutura das fases não prejudica o jogador mesmo nos trechos mais desafiadores, já que sempre há um checkpoint para sinalizar o avanço do jogador que passa por locais temáticos com inimigos específicos. Ao avançar, podemos trocar de equipamento ou melhorá-lo usando medalhas espalhadas pelas fases. Se eu tivesse que apontar um defeito no jogo apontaria pro fato de que eu não sei lidar muito bem com variedades, mas como não há inventário, ter vários tipos de arma secundária pode ser desafiador para quem gosta de jogar várias vezes. É, pelo visto o problema é meu, não do jogo.

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Contra…. é você?

Hit The Lights

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“Adivinha quem chegou?”

Valfaris abusa da nostalgia e o faz com segurança e habilidade. Um chefe que lembra Contra 3 aqui, uma fala que remete a filmes dos anos oitenta ali e assim Therion vai ganhando a atenção dos jogadores mais velh… cof, cof, digo, mais experientes que certamente guardam com carinho essas memórias. A ação carregada pelo bom e velho heavy metal é empolgante e brutal com nenhuma vergonha de soar clichê ou economia na violência a começar pelo próprio protagonista que é reduzido a uma pilha de tripas por diversas vezes pelos inimigos e que não fica atrás decepando e estilhaçando insetos, soldados e robôs com seu arsenal. Valfaris não é um jogo sutil e me agradou a ponto de eu instalar Slain: Back From Hell novamente.

Plataforma é um dos meus estilos preferidos de jogo, pixel art é um dos meus estilos favoritos e Heavy Metal, bem… você deve ter entendido. O que eu quero dizer é que Valfaris é resultado de uma mistura que não poderia dar errado. Se você também é fã dos jogos e filmes daquela época, não tem como eu te recomendar mais que jogue esse jogo.

A análise de Valfaris foi feita com uma cópia disponibilizada pela assessoria de imprensa do jogo. Valfaris também está disponível para PC/Mac, PlayStation 4 e Xbox One.


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Diego Matias
Além dos reviews, escrevo no Riffs & Solos e faço vídeos com meu irmão no canal SuperContra. Passa lá!