Feliz Aniversário Sony: PlayStation 2 completa 20 anos hoje
Dia 04 de março de 2020 o PlayStation 2 completa 20 anos e separamos os jogos essenciais que não podem faltar na biblioteca de ninguém que tem o console.
Dia 04 de março do já longínquo ano 2000, há exatos 20 anos o PlayStation 2 era lançado no Japão e apesar de ter chegado nos Estados Unidos apenas em outubro e oficialmente no Brasil só em 2002 conseguiu se tornar ao longo de sua trajetória o console mais vendido da história dos videogames com incríveis 155 milhões de unidades comercializadas.
E mesmo depois de todo esse tempo ainda é o terceiro console mais popular no Brasil, na frente inclusive de PlayStation 3 e Xbox One, de acordo com essa reportagem do The Enemy.
O fato de ter encerrado a sua produção apenas no final de 2012 e ser o DVD player mais barato na época com certeza o ajudaram chegar nessa marca.
Mas sem jogos de qualidade nenhum console se sustentaria por tanto tempo, por isso separei aqui alguns clássicos de PS2 que, na minha opinião, não podem faltar na coleção de ninguém (sem ordem específica):
God of War II
Embora o primeiro God of War pudesse facilmente figurar nessa lista, God of War II elevou a barra e serviu de inspiração para todos os jogos hack’n slash que viriam depois.
Mesmo após conseguir sua vingança no final do primeiro e se tornar o novo Deus da Guerra, Kratos não encontrou a paz que procurava e visto cada vez mais como uma ameaça pelos outros deuses do Olimpo é traído por Zeus para assim recomeçar sua jornada de destruição e vingança.
Visualmente impressionante God of War II é lembrado até hoje por suas batalhas e cenários grandiosos e pela violência maravilhosa que só Kratos era capaz de oferecer na época.
Black
Black é uma incógnita para mim e para muita gente.
É um título excelente e todos que jogaram na época relembram com carinho e não acreditam como esse monstro conseguia rodar em um PlayStation 2, sendo inclusive mais bonito que vários FPS do início do PS3, mas infelizmente ele nunca teve uma continuação devido a diferenças entre EA e Criterion sobre como seria a sequência.
Os cenários são lindíssimos e passam por elementos urbanos como cemitérios, fábricas, prisão e áreas de floresta e eram todos parcialmente destrutíveis, um avanço técnico grande para a época e o realismo no som e uso das armas é nada menos que fantástico.
Def Jam: Fight for NY
Jogos de luta nunca foram o meu forte e apesar de ter jogado bastante Tekken 3 e Street Fighter 2 em fliperama de rodoviária, mas se tem um jogo de luta que eu gostava de jogar no meu PlayStation 2 era Def Jam: Fight for NY.
Rappers que conhecia (e vários que conheci aqui) saindo na porrada no meio de uma roda de galera, que inclusive podia te atrapalhar ou ajudar, segurando você para o seu adversário bater ou passando alguma arma para jogar sujo.
Além de escolher o seu rapper preferido para descer o cacete nos outros era possível customizar a aparência com joias, tatuagens e roupas e isso tinha impacto no gameplay.
Quanto mais estiloso mais pontos de carisma e carisma alto aumentava a velocidade que a barra de momentum era preenchida para ser possível usar um movimento especial que tirava mais vida do oponente.
Além da chacota que você podia infligir ao coleguinha do lado por ter “humilhado” ele.
Resident Evil 4
Lançado originalmente para o Nintendo GameCube e depois para qualquer dispositivo que produza imagens, foi no PlayStation 2 que conheci Resident Evil 4 e inclusive foi através dele que fui iniciado na série e me impressionou bastante o quanto um jogo poderia me deixar tenso e com vontade de jogar mais.
A câmera sobre o ombro em terceira pessoa, a escassez de recursos e o investimento maior em ação em detrimento da parte de horror chocou os fãs mais antigos, mas influenciou uma tonelada de desenvolvedores desde a época em que foi lançado até hoje.
O resto é história (e remasters).
Shadow of the Colossus
Quando Shadow of the Colossus foi lançado em 2005 ele era diferente de tudo que eu tinha jogado até então.
Sem menus de contexto, tutorial, mapas, com uma HUD muito simplificada e pouco contexto confesso que fiquei meio perdido nos minutos iniciais sem saber o que fazer.
O jogador assume o papel de Wander e precisa vagar por uma terra proibida derrotando 16 criaturas míticas gigantescas chamadas Colossi e devolver a vida a uma menina chamada Mono.
E as batalhas com esses seres são épicas e tristes ao mesmo tempo.
Quase como em um quebra-cabeças é preciso aprender como cada um se comporta e descobrir os pontos fracos para derrota-los, no final se seu objetivo é algo bom ou correto vai depender muito de ponto de vista e como você encara o encerramento dessa história.
Need for Speed Underground
Muito inspirado na série de filmes Velozes e Furiosos, que também foi bastante influenciada por Need for Speed para início de conversa, Need for Speed Underground tinha um gameplay excelente e opções de customização melhores ainda.
As corridas noturnas extraiam tudo que o console era capaz em matéria de iluminação, pistas e carros lindíssimos e apesar de Gran Turismo ser a série de jogos de corrida oficiais da Sony, o estilo arcade de NFS sempre me chamou mais a atenção do que o lado simulação de GT.
E como se visual e jogabilidade já não fossem suficientes, Need for Speed Underground tem uma das melhores trilhas sonoras dos videogames até hoje.
Quero ver começar a tocar Get Low do Lil Jon & the Eastside Boyz e você não dar um sorrisinho mesmo que de leve e já ficar com vontade de rebaixar o seu carro.
Grand Theft Auto: San Andreas
A missão que a Rockstar tinha em tentar fazer um jogo melhor que GTA: Vice City não era das mais fáceis, mas com GTA: San Andreas ela conseguiu.
O mundo ser o seu parque de diversões é uma definição perfeita para o game.
O jogador pode nadar pela primeira vez em um GTA; dirigir mais de 200 veículos diferentes entre carros, motos, bicicletas, helicópteros, lanchas, tanques de guerra, etc., e realizar uma infinidade de missões secundárias, uma mais inusitada que a outra, desde ajudar pessoas dirigindo uma ambulância ou quem sabe se tornar um cafetão.
Muita gente nunca nem terminou a história de e San Andreas e joga ele como um The Sims de gangues tamanha a quantidade de coisas que podem ser feitas.
E se você é esse tipo de jogador a Rockstar sempre vai estar aí para te agradar.
Medal of Honor: Frontline
Medal of Honor: Frontline deve ser o título com mais horas jogadas que tenho no PlayStation 2, muito pelo fato de jogar ele em locadoras antes de ter meu PS2 e depois por jogar várias e várias vezes quando finalmente comprei o meu próprio.
Focado em história, realismo e inspirado por filmes como Resgate do Soldado Ryan, em Frontine o jogador assume o papel do tenente Jimmy Patterson, o famoso exército de um homem só, que precisa ajudar os aliados a eliminar a ameaça nazista na Europa Ocidental durante a Segunda Guerra Mundial.
A trilha sonora e direção e som de MoH: Frontline é um capítulo à parte para quem gosta de filmes ou jogos de guerra e é inclusive melhor do que as de muito games modernos.
Menções honrosas
Se você chegou até aqui provavelmente tem muita coisa nessa lista que não concorda ou que esteja sentindo falta, mas é justamente para isso que você pode comentar aqui no site ou no nosso twitter dizendo qual seria a sua lista essencial.
Mas como menções honrosas quero deixar mais três jogos que entendo a importância para muita gente e para a indústria e para o próprio PlayStation 2, mas que não joguei ou terminei.
Não é tão bom, mas queria colocar aqui
Entendo ainda que além de não ter deixado você muito satisfeito com as ausências da minha lista o fato de querer dar uma roubada logo no final e colocar um game mediano possa despertar a sua ira contra minha pessoa, mas amigo… eu gostei demais de Justiceiro de PS2.
Comecei esse texto com um excelente título de vingança como God of War II e queria terminar com outro de vingança, então por isso The Punisher está aqui. Mas não só por isso.
Ao controlar o Justiceiro na sua matança de gangsteres em terceira pessoa é possível usar um arsenal gigantesco de armas, além de vários elementos do cenário, para matar das formas mais inventivas possíveis.
Quer assar um criminoso no forno? OK… tá aqui, pode fazer seu cupcake de carne e por aí vai.
O Justiceiro também tem um modo berserker que pode ser ativado quando uma barra está cheia e é muito legal de ser executado.
Mas você também pode ser um Justiceiro mais bonzinho e interrogar os meliantes.
Obviamente depois é necessário mata-los, mas de forma mais rápida e ao optar por esse caminho mais ameno o jogador ganha mais pontos e descobre alguns segredos que dão acesso a novas armas ou itens de cura, etc.
O único defeito do game é ficar repetitivo muito rápido e se sustentar basicamente na busca por locais nos cenários para realizar as execuções diferentes.
Mas se todas essas qualidades não fazem ele merecer um lugarzinho nessa lista e no seu PlayStation 2 eu não sei mais o que te convenceria.