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“Unnamed Fiasco” é um jogo brasileiro com temática latina onde o foco é a diversão

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Acho que essa é a primeira vez que escrevo um texto sobre um jogo que carrega ao pé da letra a missão proposta do blog.

Como o nome sugere, o Conversa de Sofá faz referência aqueles jogos que a gente passa toda uma tarde sábado sentado no sofá jogando com os amigos, e é sobre isso que a gente se propõe a falar aqui, entre outras coisas. Mas isso é claro, você já sabe, até porque está na nossa página sobre (se não sabia, a deixa foi dada).

“Confeccionado” em Niterói, o jogo em questão é Unnamed Fiasco. Mais um jogo brasileiro, gerado em terras tupiniquins ele segue a premissa de trazer diversão acima de tudo.

Unnamed Fiasco é um jogo de plataforma 2D com multiplayer local, ou seja, nada de passar a madrugada trancado no seu quarto com a luz apagada jogando escondido da sua mãe, mulher ou namorada, a ideia aqui é juntar uma galera e se divertir.

Não há como não comparar Unnamed Fiasco com o jogo TowerFall Ascension, na verdade acho que isso até facilita um pouco a quem já conhece TowerFall, a entender a proposta de Unnamed Fiasco.

Sim, tem um bebê "luchador" nessa imagem
Sim, tem um bebê “luchador” nessa imagem

No jogo somos colocados numa arena bidimensional com outros jogadores e temos como objetivo coletar artefatos que destravam armas com poderes diferentes dependendo do item coletado. Cada arma tem suas vantagens e desvantagens, mas o objetivo é um só: derrotar os outros jogadores.

Para deixar a coisa ainda mais maluca e legal, de tempos em tempos, o cenário entra no modo Minute Madness, que bom, é de fato um minuto de loucura. Modificadores são ativados trazendo as mais diversas mudanças, como balas ricocheteando, gravidade zero, liberando o uso de jetpacks entre outros.

A cada vez que um personagem “morre”, uma cópia de si mesmo é lançada no cenário e repete exatamente os seus movimentos na última rodada, te ajudando a derrotar os inimigos ainda vivos. A coisa começa a ficar louca quando os jogadores morrem muitas vezes e várias cópias aparecem ao mesmo tempo no cenário.

É claro, eu já ia esquecendo, Unnamed Fiasco tem toda uma temática latina, com personagens “bigodudos”, usando roupas típicas do México e sombreiros. Não se assuste ao ver algumas senhoras de bigode também.

Parece Machu Picchu, mas é um dos cenários de Unnamed Fiasco
Parece Machu Picchu, mas é um dos cenários de Unnamed Fiasco

O jogo teve seu primeiro protótipo criado em 2014 e hoje promete versões para PC (Windows, Linux e Mac) através do Steam e também Xbox One, Unnamed Fiasco teve inclusive seu trailer exibido durante a última E3, na seção de indies da Microsoft.

Mais informações sobre Unnamed Fiasco você encontra no site do jogo.

Hoje à noite às 22h de Brasília, faremos uma edição especial do Gamercast onde entrevistaremos Diego Barbosa, um dos desenvolvedores de Unnamed Fiasco, assine nosso canal no Youtube para ser avisado.

Ubisoft, faça mais jogos como Valiant Hearts

Essa seria uma análise comum, se eu não tivesse me envolvido tanto com o jogo a ponto de apenas escrever sobre ele sem nenhum julgamento técnico ou crítico. O final de Valiant Hearts me deixou muito extasiado e emocionado, e então eu resolvi tentar contar o motivo disso nesse texto.

Conheça o jogo brasileiro Pregnancy

Pregnancy é uma narrativa interativa em forma de game, em que o jogador entra na pela de uma jovem de 14 anos que mora na Hungria. Suas decisões tomadas como jogador influenciam diretamente a vida da garota, que está grávida após ter sido abusada por um criminoso.

Lilla, a protagonista, tem 14 anos e parece como qualquer outra menina da sua idade: se interessa por música, maquiagem e garotos. A diferença é que ela guarda o segredo de estar grávida depois de ter sido abusada por um homem mais velho e bêbado.
Esse acontecimento sem dúvida a machucou muito, a ponto de “acordar” sua consciência. Seus pensamentos mais profundos ganham voz para ajudá-la a tomar decisões e sair dessa “bagunça”. Essa “voz”, sua consciência, é o papel do jogador na história.
Em meio a perguntas pessoais, pensamentos mais obscuros e flashbacks do seu passado, ela precisa tomar decisões importantes como: se conta ou não o ocorrido para a sua família, amigos e terapeuta; se guarda o segredo sobre a gravidez; e, no fim, o que fazer com o bebê que cresce dentro dela.

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Com o passar do jogo, as ações do jogador ganham poder e confiança enquanto você assiste aos impactos que elas geraram na vida de Lilla. Por vezes, os diálogos podem ser tocantes e carregados de sentimentos. A situação por qual ela passa é tão aterrorizante e real que qualquer atitude como jogador é refletida. Meu sentimento foi de que eu precisava ajudá-la a todo custo e fazer o que fosse melhor para o seu futuro.

O jogo corrido leva em torno de 20 minutos, mas responder às questões emocionalmente carregadas e reais pode demorar mais do que você imagina. E são esses momentos de pausa e reflexão que tornam o game uma experiência sensível.

Há um certo desconforto no jogo, em que a responsabilidade de tomar decisões pesa até o fim. Isso porque se apresentam de forma imersiva alguns conceitos e valores – estupro e aborto – que carregam polêmica e preconceito. Mostrando fundamento em sua proposta, Pregnancy libera gráficos que medem a diferença entre as decisões dos jogadores, relacionadas às grandes questões da vida da Lilla. 

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Independente do game possuir pontos fracos como arte, alguns dos diálogos e feedback de ações, Pregnancy certamente é uma história interativa que merece atenção. 

O indie game foi desenvolvido pelo brasileiro Locomotivah e pode ser baixado para Windows via Steam, custando $1.99 (R$4.29).